terça-feira, 26 de julho de 2011

Atividade apresentada pelo IX Semestre de Pedagogia no VI Seminário de Estágio 2010.2

Vida de marisqueira, história de pescador” (VEJA DOCUMENTÁRIO AQUI)

Joseneide Santos Sena*

O documentário “Vida de marisqueira, história de pescador” foi realizado como culminância das atividades desenvolvidas durante a disciplina Pesquisa e Estágios nos espaços não-formais do IX semestre de Pedagogia, turma 2006.2, da Universidade do Estado da Bahia – Campus XV, que possibilitou registrar o espaço físico e sócio-econômico, a atividade que desenvolvem e as histórias de vida das marisqueiras e pescadores que trabalham na comunidade do Novo Horizonte, mais precisamente em uma região denominada “Cupim”. As filmagens foram realizadas nos meses de novembro, dezembro e janeiro 2010/2011, em dias e horários alternados, respeitando a rotina desses trabalhadores e os imprevistos climáticos. A escolha da realização desse documentário como atividade acadêmica do curso de Pedagogia surgiu para responder aos anseios do próprio grupo de marisqueiras e pescadores, em mostrar o complexo trabalho artesanal que realizam para obterem os mariscos e os peixes. Pois, segundo o grupo a sociedade não reconhece esse processo e por isso, há uma desvalorização que se reflete no valor pago pelos produtos comercializados.

Este documentário representa apenas uma simbolização diante do que o grupo de marisqueiras e pescadores espera alcançar. O contexto apresentado sinaliza a necessidade em realizar projetos de intervenções que possibilite melhorias significativas na vida desses sujeitos, simultaneamente, essas atividades proporcionaram aos estagiários a problematização, discussão e estudo de diversos temas de grande importância para a formação do pedagogo, entre eles, os que se referem à educação não-formal, “aquela voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo, homens e mulheres” (GOHN,2006, p.32); aos aspectos da cultura, historia de vida, que envolvem esses grupos e a maioria das populações carentes entendendo que “quando desejamos compreender a cultura das classes pobres percebemos que ela já está ligada à existência e à própria sobrevivência destas classes” (BOSI, 1994,p. 15), as relações entre trabalho e educação,sendo que em “estudos diversos foi muito mais destacado o trabalho como deformador sob as relações capitalistas de produção do que o trabalho como princípio educativo, formador” (Arroyo, 2003), assim como o papel do pedagogo nesses espaços em que a pratica educativa possa se efetivar “ [...] no anseio de liberdade, de justiça, de luta dos oprimidos, pela recuperação de sua a humanidade roubada” (FREIRE, 1987, p. 30).

____________________________________________________Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus XV – Valença – email: joseneidesena@hotmail.com

Bibliografia

ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento – o que temos a aprender dos Movimentos Sociais? Currículo sem Fronteiras, v.3, n.1, p. 28-49, Jan/Jun, 2003.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: Lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.1987

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.